Pátio do Tronco, Lisboa

fotografia: filipe sousa | 25 janeiro 2024





















Canção X

(…)
agora, peregrino vago e errante,
vendo nações, linguagens e costumes,
Céus vários, qualidades diferentes,
só por seguir com passos diligentes
a ti Fortuna injusta, que consumes
as idades, levando-lhe diante
ũa esperança em vista de diamante,
mas quando das mãos cai se conhece
que é frágil vidro aquilo que aparece. 
(...)

Luís de Camões, “Canção X” in Rimas (org. Fernão Rodrigues Lobo Soropita, Lisboa, 1595), texto estabelecido e prefaciado por Álvaro Júlio da Costa Pimpão, Livraria Almedina, Coimbra, 1994, p. 227.