fotografia: filipe sousa | 30 janeiro 2022 |
«Gramáticas de pedra: a imensidão de gestos empilhados, argamassados, inteiros, derrocados, precários, resistentes, soltos, protectores, desolados, ruidosos - traços que como rios serpenteiam na paisagem seca da história imprimindo aos lugares o silêncio habitado que a ausência humana sempre deixa.
(...)
Muros são gigantes solitários presos às origens da sedentária gesta humana. Não apenas dos grandes feitos, mas de todas as realizações, aspirações desejos e sonhos íntimos, perdidos, esquecidos - passados e presentes - de homens laboriosos que assim buscam na apropriação do espaço a perpetuação da sua própria eternidade transformada em escrita da paisagem.»
Gabriella Casella, Gramáticas de Pedra - Levantamento de tipologias de construção murária, CRAT - Centro Regional de Artes Tradicionais, 2003.
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