Muro, em que meditas,
ao longo da estrada, por estas quintas,
casas, ermos, entre paixões
de alma dos espectros
presentes e vindouros? E os vivos,
porque se escondem
por trás da tua fronte alta,
quieta, seca, que cobiça os astros,
sem saber que o teu corpo
de xisto corre, avança,
mas não pode soltar-se da Terra
e alcançar o Alto?
Fiama Hasse Pais Brandão, As Fábulas, Edições Quasi, Vila Nova de Famalicão, 2002, p.18.
fotografia: filipe sousa | 29 agosto 2019 |
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