fotografia: filipe sousa | 12 março 2020 |
A proposta das designers María Pradera e Lorena Savayera, a
dupla criativa do estúdio Yinsen, para a Falla
deste ano da carrer de la Corona, em Valência, traduziu-se na produção de uma
carrinha de transporte de valores sob o lema da emergência climática e da
crítica à sociedade de consumo e ao sistema capitalista. No seu interior,
viajam 54 milhões de euros; no exterior, pode ler-se, em valenciano: Jo per a ser feliç vull un camió (Para
ser feliz, quero um camião). O acto de queimar a carrinha carregada de dinheiro,
no último dia das festividades (19 de março, hoje, portanto), não podia ter um
significado mais provocatório e mordaz.
Mas isso era antes do Coronavírus ter reclamado todo o palco
das nossas preocupações e causado a suspensão das Fallas, decretada no dia 11. Em consequência, a carrinha amarela da
Prousegur, de poliestireno de alta densidade, não chegou a sair da oficina de
Manolo Martín, situada na carrer de Sánchez Arjona, onde a fomos encontrar com a
matrícula devidamente ajustada à nova situação. Esperam os organizadores poder
realizar as Fallas em Julho, depois
de debelada a pandemia. Nessa altura, a «mensagem» da carrinha amarela
continuará, convençamo-nos, tão ou mais emergencial que antes da crise sanitária.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.