Há aqui jardins, alamedas inesquecíveis, escadórios concebidos por Miguel Ângelo à semelhança de águas caindo, amplas na sua queda, em que cada degrau nasce de outro degrau, como a onda nasce da onda. (...)
Moro ainda na cidade, perto do Capitólio, a dois passos da mais bela estátua equestre que a arte romana nos legou: a de Marco Aurélio. Mas, dentro de algumas semanas, irei viver numa casa simples e tranquila, velha habitação perdida no fundo de um grande parque fechado aos ruídos e às provocações da cidade.» (...)
Roma, 29 de Outubro de 1903.
Rainer-Maria Rilke, Cartas a um Jovem Poeta (Briefe an einen jungen Dichter, 1929), trad. Fernanda de Castro, Contexto, Lisboa, 1986, pp. 27-28.
fotografia: filipe sousa | 27 junho 2015 |
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